domingo, 10 de julho de 2011

da performance e seus clichês. prazer, dor, mentira.










fumando um charuto, de pé, tendo entre os sapatos vermelhos uma lâmpada de tamanho desproporcional, a performer abre uma navalha e coloca-a entre as pernas, sob o vestido, simulando uma auto-mutilação. enquanto isso, pressiona um pequeno frasco de sangue falso, oculto em sua roupa íntima, e deixa que o líquido lhe escorra pelas pernas, enquanto seu rosto evoca um misto de prazer e dor. em seguida, com o rosto impassível, ela revela o frasco, pingando o líquido vermelho em outras partes do seu corpo e sobre a lâmpada. em silêncio, aciona um gravador, que solta sons de gemidos. deixa o espaço.

experimento performático apresentado em novembro de 2009, durante o processo de pesquisa e levantamento de material para o espetáculo Kastelo, do Teatro da Vertigem, em cartaz em fevereiro de 2010 no Sesc Paulista. fotos: Nelson Kao.



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